sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

à frecha da porta do quarto



O escuro me transporta pra mente
e tudo vira a frecha da porta do quarto
Da ausência em mim abre-se no piso um retorno
inconsequente adorno à palavra que me cala
Eu mandava pensar nos amigos, e amores
e a razão calada às paredes a tirar-me de volta
Um surreal me vem à noite sã e me solta
à luz da lâmpada, dentro do ar de um ventilador
E de repente, antagônico ao acaso
entre cantos e segundos
O espelho então me aborda
A queda te enfia pra longe dos sonhos
e tudo que irá ganhar são desejos como aqueles de contos
Descreve-se a essência de uma flor ou nuvem
mas nunca da trilha que percorre teus passos de amor.
E assim me deitei sobre a cama
sobre a chama, a calma e a confusão
Algo aqui é silêncio, algo ali um coração...
O caos visivelmente espalhado ao redor
um nó devidamente instalado na garganta
E eu me cubro de uma pele que caiu da lembrança
ao sentir a lágrima do alívio ficar


Deibe Viana

Um comentário:

Arthur Schopenhauer

"A arte é uma flor nascida no caminho da nossa vida, e se desenvolve para suaviza-la"